quarta-feira, 23 de maio de 2012

Hypnobirthing, o livro (post 3 - O Poder da Mente)

  Este capítulo não tem muitos trechos especiais que me chamaram a atenção, então em vez de traduzir vou só fazer um resumão bem livremente sobre o assunto.
  Na verdade,  eu sempre tive um pouco de preconceito com essa história de poder da mente.Talvez porque eu colocava muita coisa no mesmo saco, inclusive aqueles papos de mover objetos com o poder da mente e coisa e tal.
  Mas neste livro, quando se fala em poder da mente, fala-se de coisas reais, fisiológicas, comprovadas cientificamente. Aliás, quer coisa mais comprovada que o efeito placebo? Todo mundo sabe que é real. Pessoas melhoram e até se curam simplesmente por autossugestão, por acharem que estão recebendo um remédio. Acho isso tão incrível!! Mas é real. Nosso cérebro controla todo o nosso corpo. A gente não tem ideia de tudo o que ele é capaz de fazer.


3. O Poder da Mente
  Neste capítulo, a autora fala de uma experiência feita por um tal de Pavlov (aparentemente é um exemplo famoso e eu que não sei, hehehe). Ele tocava um sino e depois levava comida pros cachorros. Com o tempo, era só tocar o sininho que os cachorros começavam a salivar. Ou seja, algo que os cachorros apenas "sabiam", em suas mentes, provocava uma resposta fisiológica - a salivação.
  Ela também comenta algo bem óbvio, a excitação sexual. O desejo, que é algo psicológico e está apenas em nossas mentes, leva a efeitos físicos no nosso corpo (ereção ou lubrificação vaginal). Não tem nada de mágico ou sobrenatural nisso. Novamente é a nossa mente, nossos pensamentos, levando a manifestações físicas em nosso corpo.
  Bom, pensando no parto, fica claro onde vamos chegar, certo? Se durante toda a nossa vida, pessoas, filmes, amigos e família nos contam que o trabalho de parto dói, que as contrações são a pior dor que existe na vida, a relação de causa-efeito fica gravada em nossa mente. Assim como os cachorros que "sabem" que a comida está chegando e a boca deles já prepara a saliva, ao começar o trabalho de parto, a mulher "sabe" que vai sofrer e seu corpo reage de acordo e realmente a dor vem.
  Para ilustrar melhor como isso é possível, ela fala daqueles jogadores que se machucam durante uma partida, mas enquanto o jogo tá rolando (ou pelo menos a jogada), não sentem dor. Só depois, quando tudo acabou, é que percebem que estão sangrando, ou que quebraram algum osso. A motivação ativa hormônios poderosos no corpo.
   Por isso tudo, a autora recomenda que as gestantes leiam diariamente a afirmações ou histórias de partos gentis, tranquilos, para condicionar a mente (e corpo) a pensarem e atuarem de outra forma.
 
Auto-hipnose
   Os filmes fazem um grande desserviço pra população quando se trata de hipnose. Eu mesma achava que era algo bem bobo ou impossível. Mas também, quando penso em hipnose lembro de historinhas da turma da mônica, em que o Cebolinha hipnotiza a Mônica para que ela lhe entregue o coelhinho, rsrsrs. :-)
  Mas agora aprendi que alguém em estado de hipnose não faz nada que seja contra sua moral e princípios. Se tentassem sugerir algo assim, a pessoa entraria em estado de alerta e sairia da hipnose. Também aprendi que é uma prática aprovada há muito tempo pelas associações médicas e tem benefícios pra muitas coisas. Já ajudou pacientes a sentirem menos dores da quimioterapia, a parar de gaguejar, a parar de roer as unhas e por aí vai.
  A autora diz que esse estado de "hipnose" que ela prepara as mulheres para ficar no trabalho de parto é um estado de muito relaxamento, mas a mulher está no controle, ouve tudo que está à sua volta, etc. Ela percebe que está tendo as contrações, mas passa por elas confortavelmente, sem dor, sabendo que o corpo está fazendo seu trabalho e que os músculos trabalham em harmonia. O foco deve ser apenas em respirar, relaxar e se manter calma.
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  Será que a minha mente é mesmo assim tão poderosa? Engraçado que no meu 1o. parto eu acreditava 100% na possibilidade de um parto sem dor. Até porque a minha doula era um exemplo dessas mulheres que teve um parto sem contrações terríveis. E ela é uma pessoa tão doce, tão calma, tão zen... Eu também nunca fui ansiosa, então me espelhava nela e acha que ia ter a melhor experiência possível, sem anestesia, sem nada.
  Depois de ter sentido dor no meu 1o. parto, já é mais difícil pra mim acreditar que vou passar ilesa. Estou tentando convencer a mim mesma de que é possível. Por que não? E só usar o poder da mente.
 

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