terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Canadá e as crianças

  Volta e meia me perguntam se eu gosto daqui. Quando respondo que sim, perguntam por quê. Bom, tem vários motivos. Os principais:
1. Gosto do espírito "certinho" das pessoas, como comentei no post anterior
2. Gosto das opções de coisas pra comprar. Sempre tem 500 opções pra tudo!! E tirando as verduras/legumes no inverno, o preço costuma ser muito bom, comparado com o Brasil.
3. Opções para crianças

  O que eu vou falar hoje é sobre o item 3. É meio difícil comparar porque só tive criança no Brasil por 1ano e 2 meses. Bom, se bem que estou no Canadá exatamente há 1ano (ok, 1 ano e alguns dias), então tá parecido.
  Primeiro, a impressão que eu tenho é que a população em geral adora crianças. Conversam com ele no parquinho, no shopping, nos restaurantes, no elevador e por aí vai Brincam, puxam papo (ou tentam, hehehe), fazem hi-5 com a mão, oferecem doces... Mas até aí, nada de muito especial. Acho que no Brasil as pessoas também são, em geral, muito simpáticas.

  Em segundo lugar, adoro as opções que tem para as crianças brincarem. Mesmo numa cidade que poderia ser considerada pequena-média, como Burlington (170.000 habitantes), tem um moooonte de parques, parquinhos, piscinas públicas... Fora programas como os do Early Years Centres, que eu vivo comentando. Além dos festivais que sempre tem por aí. Aliás, tô enrolando pra ir num festival de inverno... É que ficar ao ar livre no inverno realmente não me anima muito.

  Terceiro lugar, opções de aulas/atividades. Já até fiz um post sobre isso, algum tempo atrás. Novamente, mesmo não sendo uma cidade muito grande, as crianças podem fazer aula de tudo! Natação, música, ginástica, esportes, artes marciais, computação... E quando eu falo esportes, também tem opção de tudo que é tipo. Desde os coletivos clássicos (futebol, basquete, hóquei, etc), até mesmo os mais "exóticos", como nado sincronizado, lacrosse, curling, velejar... Tudo aqui em Burlington. A criança deve até ficar meio perdida pra escolher.

  Além das estruturas públicas, é interessante ver como os estabelecimentos comerciais também estão preparados para receber crianças. Principalmente os restaurantes. Assim que a gente senta na mesa, a garçonete traz giz de cera e um mini livrinho pra colorir. Normalmente eles já colocam o menu infantil em uma das páginas. E todo restaurante tem aqueles copos com tampinha e canudinho, pra diminuir o risco de acidentes com as bebidas. Em alguns deles o copo é brinde e pode ser levado pra casa.
  Também achei interessante encontrar brinquedos nos lugares mais inusitados:
1. Dentista
   Esses dias fui ao dentista e, como era pra ser coisa rápida, levei o Nathan comigo. E não teve problema nenhum, porque na recepção tinha vários brinquedos, joguinhos e quebra-cabeças. Resultado: o Nathan não deu trabalho absolutamente nenhum e acabou que a consulta foi rápida demais. Ele não queria ir embora. :-)
2. Médico
  Na nossa médica de família tem brinquedos tanto na sala de espera quanto no consultório propriamente dito. Por enquanto o Nathan parece gostar muito de ir lá, mesmo já tendo levado picadinhas (de vacina).
3. Parteira
  Na parteira a mesma coisa. Brinquedos na sala de espera e nos consultórios. A minha última consulta demorou 1hora, mas o Nathan ficou lá firme e forte, enquanto ela me interrogava.
4. Concessionária
  Ano passado teve uma espécie de recall, aí levei meu Santa Fe na Hyundai para trocar uma peça do air bag. Ali eu fiquei realmente surpresa de ver brinquedos! Mas tinha. Você senta pra esperar seu carro ficar pronto, lê uma revista e enquanto isso seu filho tem brinquedinhos e livrinhos à disposição.
5. Banco
  Quando fomos na agência do td, pouco depois de chegarmos no Canadá, a gerente também trouxe brinquedos pro Nathan.
6. Lavanderia
  Na lavanderia aqui do prédio às vezes tem brinquedos e quebra-cabeças, mas às vezes não. Não entendi muito bem o espírito da coisa, mas acho que eles são "emprestáveis". Ou seja, as crianças levam pra casa, brincam e, um belo dia devolvem (ou não). Digo isso porque perto da piscina tem uma mini biblioteca. Um dia o Nathan pegou um livrinho lá e eu perguntei se ela precisava anotar o número do meu apartamento, quando tinha que devolver, etc. A moça só respondeu: "Ah, devolve quando quiser. Se esquecer, também não tem problema". Aliás, o livrinho tá aqui até hoje. Quero trocar, mas isso certamente implicará em ir à piscina. :-) Então tem que ser num dia que já vamos preparados para nadar.
7. Aeroporto
  Até os aeroportos aqui tem brinquedos! Em alguns aeroportos são só brinquedos espalhados na sala de embarque, mas outros têm playgrounds, mesmo. Excelente pra quem tem que ficar algumas horinhas esperando conexão. Lembro que o Nathan chegou a brincar com umas coisinhas quando estávamos no aeroporto em Montreal.

  Aqui criança pode até trabalhar. Quer dizer, mais ou menos. Eu sempre vejo no jorrnalzinho de Burlington (que recebemos de graça toda semana) a convocação de crianças para entregarem jornal. Igual a gente vê nos filmes, sabe? A criança vai passando de bicicleta pela rua jogando os jornais nas casas. Muito legal! É sempre bem pouquinho, cada criança entrega só na sua própria rua e imagino que tenha um limite de quadras. E eu sei que tem alguma "recompensa", mas não sei se é realmente um salário, se são sorteios ou outra coisa.
  Enfim, aqui a criança sempre tem como ganhar uns troquinhos. Seja entregando jornal, cortando grama no verão ou limpando neve no inverno. E isso me lembrando que vi a propaganda de um curso para babás específico para adolescentes de 12-17 anos. Oferecido por um centro comunitário, então é bem baratinho. É, aqui tem curso pra tudo!!

  Enfim, é por essas e outras que aqui me parece um ótimo lugar para criar meus filhos. Então vamos indo. Quer dizer, vamos ficando.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Canadá, um país certinho

  Perfeição não existe em lugar nenhum, isso é fato. Ainda assim, a minha percepção é de que aqui é tudo muito correto e todos muito certinhos. E embora às vezes (poucas) isso incomode um pouco alguém acostumada com o jeitinho brasileiro, eu cheguei à conclusão que acho isso ótimo.

Lotação máxima
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Talvez eu já tenha comentado, mas no Early Years a lotação máxima é 50pessoas. E assim que entra a 50a., eles colocam uma plaquinha de Stop! na porta e já era. Não vai entrar, mesmo que tenha passado 5 minutos tirando 3 filhos e tralhas do carro e, por isso, alguém acabou entrando na sua frente. Sem choro nem vela. Já ficamos de fora algumas vezes por conta disso. Em alguns dos centros, eu achei que o lugar era bem grande, que caberiam mais de 50. Mas... regras são regras, não sei como chegaram nesse número e... só sei que é assim.

Sapatos no pé
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Na escolinha as crianças tinham que ficar o tempo todo calçadas, até pra dormir. O motivo é que, em caso de evacuação, todos tinham que estar prontos pra sair o mais rápido possível.

Piscina
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Aqui no prédio tem uma piscina. Algumas vezes fomos até lá e demos com a cara na porta. Eles fecham a piscina sempre que qualquer marcador não está com os níveis corretos. Seja de cloro, de temperatura ou transparência da água.Às vezes parece bobo, mas é tudo em prol da segurança.

Espirros
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Aqui desde pequenas as crianças aprendem a espirrar na dobra do cotovelo e não na mão, como eu aprendi. Exagerado, mas faz sentido, já que a mão da gente encosta em tudo, espalhando germes por aí. Esses tempos uma colega brasileira estava no elevador, espirrou e, instintivamente, colocou a mão na frente. Levou a maior bronca da mulher que estava junto no elevador. Quando saíram, a mulher apontou para um daqueles trequinhos (como se traduz dispenser?) de gel bactericida e falou pra minha amiga higienizar a mão antes de encostar em qualquer coisa.

Boas maneiras
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  No Early Years sempre vejo as outras mães ensinando boas maneiras aos filhos. As frases são sempre: "Você tem que compartilhar", "Peça desculpas", "Espere a sua vez", "Peça licença" e por aí vai. É assim o tempo todo. Ah, lembram da piadinha? "Como é que você identifica um canadense em uma sala cheia de gente? É só sair pisando no pé de cada um deles e ver qual pede desculpas pra você". Não é que um dia esses acabei observando isso na prática? Eu tava no mercado e não lembro como acabei pisando no pé de uma mulher. E sim, ela me pediu desculpas!!! Não sei se foi instinto ou se ela achou que estava no meio do caminho e, por isso, a culpa tinha sido dela.

Vagas especiais
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  As vagas de estacionamento para cadeirantes são respeitadas!!


  Mas na verdade comecei a escrever este post depois que li a notícia de que 3 prédios desabaram no Rio de Janeiro. Ainda não se sabem os motivos, mas já encontraram algumas irregularidades em obras. Precisa falar mais? Não é a primeira vez nem segunda que vemos uma notícia desse tipo no Brasil. Teve desabamento até em obras do aeroporto em Guarulhos. E sempre encontram irregularidades, regras não cumpridas. Nessas horas fico feliz em morar em um país tão certinho. Mesmo que isso implique em colocar capacete no meu filho, pra ele andar de triciclo.
  Fui procurar no google por "building collapsed in Canada", mas não achei nada. Ou nenhum prédio nunca desabou por aqui, ou eu que não soube procurar direito. Mas vi que uma quadra desabou esses dias na Eslováquia. E achei vááários desabamentos no Brasil.


  Continuando a sessão de divagações, fiquei pensando que a causa de muitos males é a mania das pessoas não se conformarem com o que têm. Sempre querem mais. Sempre querem o que não têm. E às vezes tomam à força. Como os ladrõezinhos que roubam tênis de marca. Como as mulheres que roubam roupas caras em lojas. Como as pessoas que compram cds piratas ou só assistem filmes roubados via internet.
  Muitas pessoas vão ficar indignadas com o desabamento dos prédios, com a corrupção, com o super faturamento de obras... mas à noite, pra relaxar, vão lá baixar mais um episódio de suas séries favoritas. Como se ética fosse apenas para os outros.

  Pior ainda é ver pessoas que não precisam roubar/trapacear e ainda assim o fazem. Pessoas que trabalham, ganham dinheiro suficiente pra assinar tv cabo e comprar seus seriados mas, ainda assim, pegam via internet. E são as mesmas pessoas que ficam indignadas ao ver políticos que já são tão ricos e ganham tão bem, roubando e trapaceando.
 
  Me lembrei de um episódio da minha infância. Eu tinha uns 10 ou 11 anos e, um dia, algum professor ou funcionário esqueceu em algum lugar da escola uma caixa com um monte daquelas canetinhas coloridas que servem pra marcar texto. As crianças da minha turma foram lá em peso pegar as canetinhas e guardavam rapidamente nas mochilas. E eu só olhando sem entender nada, pensando: "Por que esses meus amiguinhos que pareciam tão legais estão roubando as canetinhas?".
  Eu era uma criança certinha...Mas virei uma adolescente que também não se contentava com o que tinha e baixei muitas músicas e filmes pela internet. Até que... vi a luz e parei. Voltei a ser certinha. Já teve muita gente que disse que eu era muito politicamente correta. Pra essas pessoas eu respondo: "Obrigada, com muito orgulho. Espero que você também chegue lá". :-) Vejam, nunca disse que sou perfeita. Mas não custa nada a gente tentar levar uma vida com mais ética, certo?

  Praticamente ninguém tem tudo o que quer. Que isso seja sua motivação, que te faça trabalhar, que te faça estudar, que te faça querer progredir. Enquanto isso, aceite que não dá pra ter tudo na vida e fique feliz com o que você tem. Não espere chegar ao leito de morte, pra só então perceber que era feliz e não tinha percebido. Vire uma pessoa certinha você também, passe isso para os seus filhos. Nunca é tarde para começar.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O guardião da moral e dos bons costumes

  Sabe aqueles dias que você chega em casa cansado, depois de um longo dia de trabalho, aí se joga no sofá ou vai direto pra cozinha, sem nem parar pra falar oi pra sua esposa/marido? Pois é, aqui em casa esse problema não existe.
  Todos os dias, quando o Alessandro chega, ao ouvir o barulho da porta o Nathan corre pra lá todo feliz, gritando "Pai! Pai!". Dá um abraço rápido, um beijo e logo em seguida fala pra ele: "Mamãe!". Aí aponta pra onde eu estou e fica esperando que ele venha me dar beijo. E se o Alessandro demora muito, tirando o sapato, a mochila, etc, ele fica insistindo: "Minha mãe. Minha mamãe" ou então tentando empurrá-lo, falando "Go, go!". Só sossega depois que o Alessandro vem falar oi pra mim.
  Aiai, tem como não amar muito essa criaturinha? :-)

  E aqui vai uma foto dele fazendo uma obra de arte lá no Early Years.



 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Consultas, infecção e outros sintomas

  E por falar em consultas, semana passada fiz uns exames de sangue e urina de rotina. Acho que já comentei que aqui os resultados vão direto pro médico (ou parteira), né? Pois é, minha parteira recebeu meus resultados e ligou pra avisar que estou com infecção urinária. Oi? Como assim? Sem sintoma nenhum? Pois é, disse que na gravidez é comum ter infecção sem que a gestante apresente nenhum sintoma. Credo, coisa esquisita... Agora vou ter que tomar antibiótico, bolinhas...
  No começo da gravidez, quando tudo me dava enjoo e indigestão, eu estava mesmo achando que tava tomando pouca água (porque até isso me fazia passar mal). Lembro de ter ficado especialmente preocupada, com medo justamente de infecção urinária!! Já faz umas 2 semanas que voltei ao meu ritmo normal de tomadora de água compulsiva, mas vai saber há quanto tempo estou com essa infecção?

  Mudando de assunto, estou sentindo o bebê mexer! Começou quando estava com 16 semanas. Eu queria marcar o dia certinho, mas é difícil. Nas primeiras vezes a gente fica achando que é gases, indigestão, hehehe. Fora que ainda sinto bem fraquinho e foram poucas vezes. Mas agora é inconfundível. É ele! Ou ela. :-)
 
  2a.feira passada tive consulta com a parteira. Novamente, nada de muito emocionante. Ela me fez mais um mooooooonte de perguntas sobre meu histórico médico e da minha família. Disse que os meus exames de sangue estavam todos ok. Aquelas coisas típicas: rubéola, clamídia, Hepatite B, HIV, etc. Eu mesma não cheguei nem a ver os resultados. Mas imagino que, se eu quiser, devo poder ter uma cópia, né?
  Aí ela disse que recebeu o laudo dos meus dois ultrassons e também tava tudo ok. De posse dos laudos, ficou novamente fazendo mil contas e revendo a data prevista para o parto. Sinceramente, não sei pra que tanto empenho, sabendo que a data prevista é só uma aproximação. Mas talvez seja importante para o planejamento delas, pra não ter gestantes demais e parteiras de menos.
  Ah, no banheiro também tem um exame meio self-service, hehehe. Você faz xixi no copinho, aí coloca uma tirinha lá dentro e espera 1minuto. Aí compara com a tabela de cores pra ver se os níveis de proteína e glicose estão normais. A ideia é fazer isso antes de cada consulta, aí qualquer irregularidade discutir com a parteira. No meu caso, tudo normal.
  É, acho que a única parte legal da consulta foi aquele aparelhinho pra ouvir o coração do bebê. 150 bpm. Aparentemente, tudo bem. :-)

  Comentei que os enjoos passaram? Pois é, demoraram looongas 15 semanas, mas finalmente (agora estou com 17) estou me sentindo bem. O cansaço e o sono extremos também passaram.

  E para os curiosos e ansiosos, aviso que na 6a.feira da semana que vem faço o ultrassom morfológico no qual, se tudo correr bem, descobrirei o sexo do bebê. Espero que sim, quero fazer compraaaaaaaaaaaass. :-D

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Pele sensível

  Desde que o Nathan tinha mais ou menos uns 12 meses que percebi umas manchinhas brancas no rosto dele, principalmente na bochecha direita. Não era nada assim muito evidente e praticamente só eu percebia.
  Mas quando chegou o verão aqui no Canadá e ele ficou bronzeado, ficou bem mais evidente. Nessa época não pareciam manchas. Olhando, dava a impressão de protetor solar mal aplicado, sabe? Uma parte mais marrom, outra mais clarinha e assim vai. Claro, eu sabia que não era apenas bronzeado mal feito porque ele tinha a pele meio "colorida" faz tempo.
  De qualquer forma, comentei com a médica de família, que na primeira vez também olhou, olhou e não enxergou nada. Acho que nessa época ele já tinha desbotado um pouco. E realmente, não era nada assim muito evidente. Mas comentei mostrando nas consultas seguintes e ela acabou encaminhando para um dermatologista.
  Bom, aqui a saúde é pública e, portanto, consultas com especialista sem caráter de urgência podem demorar, então a consulta foi só ontem. O médico também ficou olhando, olhando, com aquela cara de "ué", hehehe, até que eu mostrei pra ele uma foto do Nathan tirada no verão. Ele olhou e falou: "Ah, agora sim. Isso é a melhor coisa que você poderia ter me mostrado hoje". Há! :-)
  Ele também passou a mão no rosto, olhou a perninha, passou a mão na barriga e o diagnóstico foi o mais simples possível: pele sensível. Oi? Só isso? É, só isso! Ele disse que o Nathan tem a pele sensível e, por causa disso, pode ter um pouco de dermatite em contato com alguns perfumes, químicas, roupa lavada com um sabão mais forte, etc. E a descoloração no rosto ele chamou de uma "hipopigmentação pós-inflamatória".
  Pra cuidar é simples: evitar os tais perfumes, químicas, etc. Hidratar bastante, principalmente no inverno, porque ele disse que a pele do rosto e da barriga dele estão meio secas. E também evitar banhos quentes e demorados. Tranquilo.
  O médico também olhou minhas mãos e falou: "É, estão meio secas, tem que hidratar mais". E estão mesmo, mas eu tenho tanta preguiça de ficar gastando tempo passando hidratante, quando há sempre tanta coisa a se fazer!! 
  Aliás, isso me lembra que, por volta da época que ele entrou na escolinha, começou a ficar com a pele da barriga e coxas meio aspéra, com bolinhas vermelhinhas. Mas o problema melhorava e piorava sozinho. Um pouco antes de ele sair da escolinha, começamos a passar hidratante, porque achei que a pele tava meio seca. Poucos dias depois a pele já tava boa. Aí fiquei em dúvida se foi a saída da escolinha ou o hidratante. Provavelmente o hidratante, mesmo. A única coisa diferente na escolinha eram os lenços umedecidos, mas o bumbum dele sempre esteve lisinho e bonitinho.

  Aí fiquei pensando, pensando e fazendo a retrospectiva. Como uma pele sensível, como é que o Nathan não teve nadinha quando ainda era bebê e, consequentemente, a pele era mais sensível ainda? Ah, elementar, meus caros leitores. Eu era muuuuuuito cuidadosa. Banho só com sabonete de glicerina. Lembro que eu achava o cheiro super sem graça, mas a pediatra recomendou, então tá recomendado! Muitos banhos eram só com água mesmo e lavar o cabelo só de vez em quando. A roupa dele era lavada separadamente, com sabão especial e sem amaciante. Bumbum limpo só com algodão e água, sem lenços umedecidos. A temperatura da água do banho devidamente medida com termômetro.
  E realmente, foi por volta de 1ano que eu relaxei um pouco, comecei a lavar a roupa dele junto com a nossa e tal. E nem acho que os cuidados precisam voltar. Acho que se hidratar a pele dele com mais frequência, já deve resolver. Bom, pelo menos o mistério está resolvido, e já sei o que é. :-)  O médico falou que até podem voltar a ter diferença na pigmentação, mas nada que seja permanente e com o tempo tudo se ajeita. Ok, então. Nem acho que a pele dele é tããããão sensível assim. Talvez só um pouco seca. Mas continua macia, fofinha, gostosinha, lindinha!!! Dá até vontade de ir lá acordá-lo pra beijar. :-)


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ontario Early Years Centre

  Acho que já falei várias vezes que eu sempre levo o Nathan pra brincar num tal de Early Years, né? Na verdade, cada vez eu falo uma coisa diferente. Às vezes digo que o levei pra brincar, ou que o levei num programa de brincadeiras, ou num programa pais-crianças. O problema é que realmente não tem um nome bom pra descrever aquele treco. Então resolvi escrever este post pra explicar melhor como o negócio funciona.
  Esses Early Years Centres fazem parte de um programa da província de Ontario que tem por objetivo dar suporte para famílias com crianças pequenas (até 6 anos de idade). Esses centros têm vários tipos de reuniões e programas. Tem reuniões para suporte à amamentação, reuniões para combate à depressão pós-parto, reuniões para pais com bebês recém-nascidos, palestras e mini-cursos sobre nutrição, educação infantil, como disciplinar, como tirar das fraldas e por aí vai. Praticamente tudo de graça, embora de vez em quando apareça um curso ou outro que é pago, como por exemplo o de ensinar linguagem de sinais para bebês.
  O programa que eu normalmente levo o Nathan é chamado simplesmente de "drop-in", termo difícil de trazer para o português, que significa algo do tipo "Apareça" ou "É só chegar", hehehe. :-) É um programa para crianças de 0 a 6 anos. Aqui em Burlington tem desses drop-ins em várias localizações espalhadas pela cidade. Então eu tenho um calendário na minha geladeira, pra saber em que dia da semana e em que horário tem programa em cada localização.
  O que vamos mais frequentemente fica bem pertinho daqui e funciona às 4as. e 6as., das 09:15 ao 12:00. Mas você pode chegar a qualquer hora e ir embora a qualquer hora. Quer dizer, até pode, mas é arriscado. Esses lugares têm lotação máxima de 50 pessoas e eles controlam isso rigidamente, por questões de segurança. Lotou, eles colocam um "Pare!!!" na porta e não deixam mais ninguém entrar. Algumas localizações são mais concorridas que as outras, aí nessas eu já sei que nem adianta chegar depois das 09:30, que já era.

  Embora nos programas drop-in sejam mais para as crianças brincarem livremente com os brinquedos, tem uma certa rotina, que é a seguinte:
Das 09:15 às 10:15 é só brincadeira livre.
Às 10:15 é hora de recolher os brinquedos. Todos os pais e crianças ajudam, embora algumas crianças protestem um pouco. :-) Brinquedos recolhidos, todos se sentam para o "circle time". Cada centro tem 2 ou 3... hmmm, como chamá-las? Funcionárias? Professoras? Enfim, vou chamá-las de "tias", à là Brasil. Enfim, as tias então cantam musiquinhas e todos acompanham. São sempre musiquinhas que envolvem muitos gestos, tipo a cabeça-ombro-joelho-pé ou se-você-está-contente-faça-tal-coisa. Em geral para encerrar colocam uma música de algum cd, pras crianças dançarem em pé. Na hora do circle time algumas crianças tentam voltar para os brinquedos. Não é proibido, mas as tias falam pros pais sempre tentarem mantê-las sentadas no círculo, pra ir incentivando a disciplina, participação em grupo, etc.
10:30 - acabada a musiquinha, é hora do lanche. Bom, o lanche cada pai/mãe leva o seu de casa. Só é proibido qualquer coisa que contenha amendoim (muita gente alérgica por aqui). Quando acaba a última música, as crianças já vão correndo pras mesinhas. :-) Quem não quiser lanchar, fica livre pra voltar pros brinquedos
10:45 - quando todas as crianças acabam de comer, as tias limpam as mesinhas e trazem as atividades artísticas, que sempre vão mudando. Podem ser canetinhas, massinhas, adesivos, pintura com tinta, giz de cera, etc. Novamente, é tudo livre. A criança que quiser vai fazer arte nas mesinhas, se não quiser pode ir brincar.
11:45 - mais um cleanup, todos os brinquedos são recolhidos e novamente todos se sentam para o circle time. Cantam musiquinhas e a última é uma de despedida. Ótimo pra ajudar a convencer as crianças que tá na hora de ir embora, hehehe. :-)
12:00 acabou!

  E é isso. Legal, não? As crianças socializam, os pais têm chance de conversar com outros pais, os filhos brincam, aprendem e... tudo isso sem escolinha e sem pagar nada. Eu acho ótimo! Deixa eu mostrar algumas fotos.

  Tem uma "área" lá que é bem doméstica. :-) Tem fogão, lavadora, secadora, bonecas, berços... Um dia esses estava conversando com outras mães e, quando olhamos, tinha uns 5 meninos brincando lá. Ficamos achando graça que nenhuma das meninas estava interessada nos serviços domésticos, hehehe.


  Nesses centros todo mundo (pais e crianças) tem que colocar uma etiqueta com o nome na roupa.


  Esse é um escorredor bem pequenininho, mas tem um maior dentro da sala. Mas acho que nunca tirei foto dele. Sempre tento não enquadrar outras crianças nas fotos, pra evitar problemas com possíveis pais paranóicos.





   Nathan colocando os patinhos pra nadar.




  Ele adora ficar balançando nesse cavalinho.


 
  Nesse tanque de areia eles sempre mudam o conteúdo. A "areia" às vezes é areia colorido, às vezes grãos de arroz ou outro cereal qualquer. E os brinquedos às vezes são pazinhas e baldinhos, às vezes insetos, etc.

  Ah, uma coisa bem legal! No verão eles fazem alguns desses programas ao ar livre, em parques. Eles têm uns furgões próprios pra levar todas as coisas. Olha uma foto do furgão aí embaixo:
 

  Acho que não dá pra ver nessa foto, mas ali dentro tem uma máquina automática de fazer bolhas de sabão. É isso o que o Nathan está caçando.


  Uma coisa boa dos programas ao ar livre é poder ter tanques com água, sem muita preocupação de fazer bagunça. Mas já vi esses tanquinhos nos programas internos, também. As tias têm muito boa vontade, limpam tudo numa boa.


   Nesse dia, na hora do circle time uma da tias levou uma espécie de lona colorida redonda enoooooooorme. As crianças adoraram brincar tanto em cima quanto embaixo da lona. :-) Também teve uma hora que ela jogou um monte de bolinhas em cima e todo mundo ficou chacoalhando a lona, pras bolinhas pularem. Enfim, achei bem criativo.


  Nathan brincando com um frisbee.


  Sempre tem muitos livros, também. Às vezes, no fim do circle time, a tia conta uma historinha.

  E a seguir, fotos de alguns dos trabalhinhos que ele fez. Tem muitos, muuuuuuuuitos. Até parei de trazer pra casa. O que que a gente faz com tanta arte que as crianças produzem?
















Nathan na cabana

  No aniversário o Nathan ganhou uma cabaninha, mas só em meados de dezembro é que resolvi montá-la. O Nathan se divertiu mais com a montagem do que com a cabana propriamente dita, hehehe. Olhem só a alegria dele brincando.





  Eu até desencanei de montar. Quer dizer, por um tempo, até que ele começou a querer arrastar a cabana semi-montada para a sala. O problema é que ele estava tentando fazê-la passar entre o sofá e a estante, onde não tinha espaço. Aí forçou tanto que chegou a entortar um daqueles caninhos da armação. Aí acabou a brincadeira (e começou o choro) e só fui acabar de montar depois, quando ele estava distraído vendo desenho.
  Ela é feita para ser acoplada numa cama de solteiro. Bom, a cama dele é queen size, então não dava. Então coloquei nesse colchão que fica no escritório (futuro quarto do bebê2). Ficou bem legalzinha.


  O Nathan também gostou do resultado final. Ficou levando brinquedos lá pra dentro, me chamou pra entrar e não me deixava mais sair. Essa foto embaixo é ele protestando que eu saí da cabana, hehehe.


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Escolhendo o café da manhã

  Nathan parado na frente da geladeira aberta, escolhendo o café da manhã:
- Quer leite, Nathan?
- Nããão.
- Quer suco?
- Nããão.
- Quer iogurte?
- Nããão.
- Quer pão?
- Nããão.
  Ele vai explorando, até que abre uma panela e vê que tem brócolis dentro. O que ele escolhe para o café da manhã, então? Brócolis, é claro! Só cozido, sem tempero, sem sal, sem nada. Que delícia!!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A escolinha do Nathan

  6a.feira seria o último dia do Nathan na escolinha. Digo "seria" porque não o levei. Semana passada recebi um email dizendo que teve um caso de catapora na escola. Não na turma dele e sim na classe dos 4-5anos. Como eles nunca se encontram, não compartilham o playground nem nada, o levei pra escolinha assim mesmo na semana passada, até porque eu tinha consulta no dentista. Aí teve fim de semana, Natal, feriado e, na 4a.feira desta semana, recebi outro email dizendo que teve um caso de catapora entre os toddlers (justamente a faixa etária do Nathan). Portanto, como eu não quero que ele fique doente, ficou em casa.
  Achei muito legal a postura da escolinha. No email não só eles avisam o que aconteceu, como também instruem os pais sobre quais sintomas eles devem prestar atenção e recomendam não enviar a criança pra escola se eles estiverem presentes. É bom que com isso evitam-se surtos e contágios. Quer dizer, evita-se o máximo que dá pra evitar, né? Algumas doenças ficam incubadas por várias dias e, quando a criança finalmente apresenta os sintomas, já teve tempo de contaminar várias outras. A catapora também tem esse tempo de incubação, então pode até ser que ele ainda apresente sintomas. É pouco provável, já que eu tive catapora e o Nathan ainda mama, mesmo que muito pouquinho. Bom, nada que se possa fazer, agora. Mas também não estou preocupada.

  Enfim, queria registrar como é a escolinha dele, antes que eu me esqueça. Algumas coisas eu já comentei quando estava contando da adaptação. Bom, aqui vai mais um pouco.

  Uma das coisas que mais gostei na escolinha foi o espaço físico. A escola é bem grande. A própria salinha dele já é bem espaçosa e iluminada, com janelas enormes. E toda sala tem frigobar, onde sempre tem água fresca e leite. E anexo a cada classe tem um banheiro também bem grande, cheio de piazinhas e privadinhas, para aqueles que estiverem começando a sair das fraldas. Não tem chuveiro ou banheira. Aqui não existe essa história de tomar banho na escolinha. Tão diferente do Brasil!
  Lembro que quando o Nathan foi pra escolinha em Jaguariúna, com 6 meses, eu nem queria que dessem banho. Afinal, eu gostava de dar banho pessoalmente nele todos os dias, antes de dormir. E um banho por dia já é o suficiente, certo? :-) Aí após alguns dias a tia falou pra mim: "Ahhhh, deixa a gente dar pelo menos um banho, vai? A gente gosta tanto!". Hehehe. Aí deixei. Fazia parte da rotina da escolinha e é importante que todas as crianças sigam a mesma rotina. E no verão os bebês tomavam 2 banhos por dia, um de manhã e outro à tarde. Com isso, o Nathan acabava tomando 3 banhos por dia. Isso que é bebê limpinho, hehehe. E como eu só usava um sabonete o mais natural possível (e muitas vezes nem sabonete usava), ele nunca ficou com a pele ressecada, irritada nem nada parecido.

   Bom, mas voltando à escolinha canadense. Na hora de brincar lá fora, também não é apenas UM pátio. São 3 ou 4 playgrounds. Um para os bebês até 18meses, outro para os toddlers de 18-30meses. Aí acho que tem outro para os prescholers (2,5 a 4anos) e o último pras crianças maiores. A lei determina que as crianças têm que brincar lá fora por 1hora de manhã e mais 1hora à tarde, então é importante que o lugar seja legal. E se estiver chovendo ou muito frio (o que aqui significa temperaturas abaixo de -15 graus), tem um ginásio interno que eu também achei bem grande.
  Fora a sala oficial de cada classe, a escola também tem 5 salas especiais:
1. Sala de música - onde eles ouvem música, brincam com instrumentos musicais, etc.
2. Sala de drama - onde eles brincam de imitar situações do dia-a-dia. Seja brincando de cozinhar (ou cozinhando de verdade, no caso dos mais velhos), de fazer compras, fazendo teatrinhos, sei lá.
3. Sala dos computadores - para videozinhos, joguinhos, etc
4. Sala de arte - para fazer artes mais elaboradas.
5. Sala de leitura
  Achei interessante a ideia das 5 salinhas. Quebra a monotonia de ficar sempre na mesma sala, além de estimular mais a criatividade. Bom, pelo menos pareceu que sim... E gostei da sala de música, já que o estudo de música na infância favorece o aprendizado global.

  Outra coisa que me fez escolher essa escolinha foi que eles ofereciam atividades Montessori. Bom, pra quem não conhece, ia demorar uma eternidade pra eu explicar o que são e como funcionam as escolas Montessori. Fora que nem eu sei exatamente como elas funcionam, só sei o que pesquisei na internet. Mas vou fazer uma tentativa de resumir. 
  Em uma escola Montessori (e aqui falando de escola mesmo, não escolinhas), não tem aquele esquema tradicional de o professor ficar lá na frente falando e cada aluno em sua carteira, ouvindo. Não. Nas Montessori cada aluno faz o seu horário, escolhe qual assunto quer estudar primeiro, por quanto tempo e estuda sozinho. O professor fica passeando pela sala e vai ajudando, orientando conforme seja necessário. Outra coisa é que o aprendizado normalmente não é "ler+exercícios escritos". Nas Montessori usa-se ao máximo o aprendizado por meio de coisas manuais, que se podem visualizar. Tipo, aprender matemática usando blocos que ajudem a visualizar quantidades. Enfim, pra mim o mais legal é que cada aluno faz seu próprio ritmo, assim não ficam entediados (quando aprendem muito mais rápido que os colegas) nem se sentem desanimados (quando precisam estudar mais um certo assunto que os outros). Futuramente, se tivermos dinheiro, talvez eu coloque meus filhos (que coisa, agora é no plural) em uma Montessori. Eu acho que teria adorado estudar em uma escola assim!!
  Mas enfim, o Nathan ainda é bem novinho e, portanto, o que a escolinha oferece são apenas algumas atividades feitas com os trecos da linha Montessori. Nessas atividades a criança aprende alguma coisa sozinha e por meio de alguma coisa manual. Nessa idade, acho que aprendem sobre blocos, cores, nem sei direito.

  A escolinha também tem sua própria cozinha e seu próprio chef de cozinha. E toda a comida servida é preparada no local. Toda mesmo! Inclusive pães e bolachinhas. Lá não servem nada industrializado. Ou quase nada, vai. Acho que eles devem comprar o cream cheese e a geléia. :-)
  Achei o cardápio bem variado e gostei que tem bastante fruta. Ah, uma coisa que achei diferente é que aqui toma-se leite durante o almoço. Achei bem esquisito, mas o Nathan gostou bastante. Ele sempre toma uns 2 ou 3 copinhos de leite junto com a refeição. Principalmente quando não gosta muito do cardápio, hehehe.


  As salas dos toddlers têm lotação máxima de 15 crianças e 3 professoras, já que a proporção oficial é 1 professora para 5 crianças. A classe do Nathan não estava lotada, então eram 2 professoras e 10crianças. Fora a "líder" que cuidava das três classes de toddlers. E, como já contei antes, cada professora é responsável sempre pelas mesmas 5 crianças, para favorecer o vínculo. Eu reparei que isso realmente acontece. Nas últimas vezes que o Nathan foi pra escolinha, quando via a Laura, ia correndo pra ela. Ela o pegava no colo, o Nathan me dava tchauzinho e beleza, pode ir embora, mamãe. Por outro lado, quando chegávamos e ela não estava lá, ele ainda dava uma choradinha quando eu ia embora, mesmo no colo de outra professora. Enfim, ainda não sei se realmente essa é uma boa estratégia, porque as moças me falavam que, quando a Laura ia embora antes de eu chegar, ele também chorava. É legal ele ter um vínculo maior com alguém, mas a impressão que tive é que, com isso, ele não formou vínculo nenhum com as outras professoras. Bom, pode ser porque foi pouco tempo, também. Só 2 meses e 2,5 vezes por semana.
  Outra coisa que não gostei muito foi do esquema das estagiárias. Como a escolinha fica aberta das 07:00 às 18:00, nenhuma professora fica lá todo esse tempo, então elas vão fazendo um esquema delas e a gente nunca sabe quem está lá que horas. Aí, talvez pra suprir algumas lacunas, todo dia tinha uma ou mais "estagiárias" por lá. Por um lado isso é bem legal, porque aumenta  número de moças pra dar atenção pras crianças. O chato é que o revezamento me pareceu muito grande. Eu via uma moça 2 ou 3 vezes e depois nunca mais. E elas estavam lá principalmente no fim da tarde. Então, quando eu ia buscar o Nathan, às vezes eu tinha a impressão que ele estava meio "largado" lá. Bom, tá certo que essa é a hora do "free play", então realmente cada criança tava brincando com o que queria. Mas teve dias que eu cheguei e a única professora tava no banheirinho trocando uma fralda, na sala principal algumas crianças, algumas estagiárias e alguns pais também buscando seus filhos. Nisso eu peguei o Nathan, peguei o relatório diário e... ninguém me falou oi, ninguém me falou tchau. Tive a impressão que ninguém me viu entrar, ninguém me viu sair. Sei lá, não gostei.
 
  Ah, mencionei o relatório diário, né? Esse eu achava bem legal e completo. Eles colocam que quantidade a criança comeu de cada comida, em cada refeição; quanto tempo dormiu; se fez xixi/cocô e também fazem um resuminho das atividades do dia. Tirei foto de um dos relatórios do Nathan:

  Fora isso, só faltou falar das professoras. Mas aí fica difícil de opinar. Tinha dias que eu achava a professora do Nathan legal, carinhosa e tal. Ela sempre pedia abraço quando ele chegava e, algum dia, eu vi ela beijando uma das crianças - coisa raríssima por aqui. Abraço tudo bem, mas beijo não. Mas no geral, sempre acho que fica faltando alguma coisa, embora eu não saiba explicar o quê. Só fiquei com aquela sensação de que elas não gostavam de crianças tanto assim. Na escolinha do Brasil eu sentia justamente o contrário, que as tias pareciam que adoravam cada uma das crianças.
 
  Bom, acho que já chega de escrever sobre a escolinha. Deixa eu postar isso aqui logo antes que os hackers voltem a invadir o meu blog. Humpf.
A Camilla nao anda escrevendo no blog porque estah muito ocupada jogando "Plantas contra Zumbis" (plants vs zombies). hehehe