sexta-feira, 8 de abril de 2011

Maternidade Real

  Como prometido, é hoje! Aiai, meus posts já são tão gigantescos. E esse assunto é tão inspirador! Tenho medo de ficar sentada aqui pra sempre, escrevendo. Sendo que "pra sempre"= até que o Nathan enjoe de dormir sozinho e venha me buscar.
  Ser mãe é diferente do que eu pensava. Beleza. Eu já sabia que ia me surpreender. Mas não sabia exatamente quais seriam os elementos-surpresa. E foram muitos. Vou começar contando de um ou dois e vamos ver onde a gente chega.

A HORA DE DORMIR
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  Alguns anos atrás, uma de minhas tias dormia no mesmo quarto com o marido e seus dois filhos. Nem sei bem se dormiam na mesma cama, no mesmo quarto, colchões no chão, espalhados... Não lembro. O que eu mais lembro é do meu pensamento, que foi algo do tipo: "Credo, que coisa esquisita. Eu não ia querer isso não..." Hoje esse negócio de dormir com os filhos tem nome, se chama cama compartilhada. E aos poucos, sei lá como, o Nathan foi se mudando pra minha cama.
  Quando ele nasceu, tinha seu próprio quartinho, muito bem planejado e decorado, com seu lindo e às vezes odiado bercinho, onde ele dormia. Meu plano era que ele dormisse sempre no seu quarto, sempre no seu berço. Uma vez li em algum lugar uma "dica" que dizia pra nunca deixar o seu filho subir na sua cama. Nunca. Nem de noite nem de dia, nem pra brincar, nada. Assim ele saberia que aquele não é território pra ele. Na época, lembro de ter achado a ideia interessante, embora não tivesse exatamente pensado em praticá-la. Hoje só consigo dar risada de uma ideia tão boba!!
  O Nathan dormiu no berço praticamente todo o seu primeiro ano de vida. Mas uma coisa muito importante é que ele não "adormecia" no berço. Não não. Nunca. Adormecer tinha que ser no colo. De preferência da mamãe. De preferência mamando.
  E assim foi. Mesmo quando ele acordava 10 vezes por noite, por cólica ou por carência, eu levantava da minha cama, ia pro quarto dele, ele mamava, eu andava com ele no colo pelo quarto até ele adormecer, colocava no berço, voltava pro meu quarto. Passava 45 minutos ele acordava de novo, eu levantava, fazia tudo de novo, voltava pro meu quarto. Às vezes ele não queria adormecer por nada. Eu andava (putz, já faz 30minutos), cantava (droga, 45 minutos), chacoalhava(não acredito, 1 hora e nada), amamentava de novo(1hora e meia, dooooorme criatura), 2horas... Ufa, dormiu.
  E mesmo que eu tivesse que ficar indo e voltando a noite inteira, eu ficava indo e voltando. Algumas dessas vezes que ele não dormia por nada eu o levei pra minha cama. Mas não muitas, porque se o Nathan chorasse o Alessandro reclamava. Ou se mudava pra outro quarto.E assim eu seguia, indo e voltando, indo e voltando. Se minha vida fosse desenho, já ia ter se formado aquele buraquinho no chão no caminho que eu fazia.

  Uma curiosidade: quem me conhece bem sabe que adoro planilhas, números e afins. Pois é, eu deixava sempre papel e caneta na cômoda do quarto do Nathan. Anotava várias e, entre elas, quantas vezes eu acordava por noite. Só por diversão. :-P Se o número fosse muito grande, pelo menos tinha o prêmio de consolação de saber que bati meu recorde, hehehe. O recorde foi 12!
  É, todos falavam que bebê dá trabalho. Mas eu não sabia de detalhes como esse, que eles podiam demorar até 2 horas pra adormecer, assim, sem motivo algum, sem dor, sem chorar. Às vezes parecia que ele queria apenas ficar ali no colo, me olhando... Aí tinha horas que eu olhava e sentia aquela ternura, um amor tão grande, ficava só ali olhando de volta. Mas conforme os minutos iam passando eu sentia era dor nas costas, dor nos seios e sooooooooono. Muito sono!!!
  Com o tempo ele foi acordando cada vez menos à noite e, logo após o aniversário de 1ano, estava acordando no máximo 1 vez. Mas agora ele sempre mamava rápido (tipo 5-10 minutos) e adormecia relativamente rápido. Errr, não, quase isso. Era EU que adormecia relativamente rápido. Quantas e quantas vezes adormeci na poltrona de amamentação! Algumas vezes o Alessandro ia me resgatar. Ele chegava e tava eu lá na poltrona com a cabeça caída, peito de fora e o Nathan no meu colo, dormindo tranquilamente. Imagina a cena! Eu tinha feito um arranjo/pose que permitia que eu adormecesse com ele encaixado, sem risco de cair. Então eu colocava ele pra mamar e dormia mesmo! Alguma hora eu acordava (às vezes horas depois, quando meu salvador não vinha), aí eu colocava ele no berço e ia dormir na minha cama.
  Em dezembro do ano passado, quando eu não estava mais trabalhando, começamos a viajar. Passei dias na casa da minha mãe, dias na casa da minha sogra, dias na praia... Nessas viagens o Nathan normalmente dormia comigo. Bem, meu filho é pequenininho, mas não é bobinho, né? A partir do momento que descobriu como era legal dormir com a mamãe, ficou mais difícil fazê-lo continuar no berço. Ele adormecia no meu colo, eu colocava no berço, ele acordava. Eu pegava de novo, esperava adormecer, ele acordava. Ele parecia lutar cada vez mais pra adormecer, porque (imagino eu) sabia que, quando isso acontecesse, ia acabar no berço de novo. Comecei a fazê-lo adormecer na minha cama, mesmo, eu deitada com ele.
  Hoje a coisa é assim: tenho uma cama queen no meu quarto e o Nathan tem uma cama de solteiro na cama dele. À noite eu tomo banho com ele na banheira. Ele acostumou a mamar durante o banho e às vezes adormece na banheira, mesmo. Aí o Alessandro o pega, troca e põe na cama. Quando ele não adormece, o Alessandro também o pega e troca e deita com ele na caminha até ele adormecer. Isso é cerca de 21:00.
  Entre 00:00 e 01:00 normalmente ele acorda. O Alessandro vai lá e oferece água. Enquanto isso eu faço meus preparativos finais, coloco pijama, escovo os dentes, etc. Às vezes o Nathan se contenta com a água, já deita de novo e volta a dormir. Mas normalmente o que acaba acontecendo é que ele fica sentadinho na cama, calmamente esperando eu chegar. E se ele sentou, já era. "Beleza, já tomei água. Agora cadê a mamãe?". Se o Alessandro tentar sair, ele chora. Mas mesmo se ficar lá, ele não volta a dormir. Fica sentadinho, usando o papai de refém. "Ok mamãe, estou com o papai aqui no quarto. Ninguém precisa chorar hoje! Venha rápido e nenhum ouvido será ferido". Eu chego no quarto, fazemos a troca de reféns, aí o Alessandro pode sair.
  Eu deito e ele mama. Quando ele para de mamar, eu espero ele adormecer pra voltar pro meu quarto. O problema é que em 96% das vezes eu adormeço antes dele. Aí eu, que dormia numa confortável cama king size, acabo dormindo espremida com meu filho numa caminha de solteiro, com uma cabecinha no meu braço e perninhas em cima da minha barriga. E achando lindo fofinho cuticuti da mamãe.
  Essa é a maternidade real. Além de não saber que eu ia dormir com meu filho, eu não sabia que ia achar lindo. Se tudo correr como o planejado e eu tiver mais um filho, tenho certeza que não vou passar tanto tempo caminhando pelas madrugadas e deixar minha cama quentinha lá sozinha.


 OS PRIMEIROS CHOROS

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No primeiro mês de vida do Nathan, eu estava aprendendo a ser mãe. E para isso, nada como uma professora experiente: minha própria mãe. Um dia ele não parava de chorar. Eu estava com ele no colo, amamentei, mas... Sei lá, ele tava chorando assim mesmo. Minha mãe o pegou e o acalmou. Aí quem chorou fui eu. "Buáááá, não consigo acalmar meu próprio filho. E quando minha mãe for embora? O que que eu vou fazer?". É, pós parto é dureza. Tem horas que dá uma insegurança. E enquanto os hormônios estão se ajeitando a gente chora por qualquer gota de leite derramado.
Lembro de algumas vezes o Nathan estar chorando e minha mãe falava: "canta pra ele, filha!" E eu só pensando: "Xiii, o que é que eu canto para essa criaturinha? Eu não conheço canções de ninar". Aí a primeira música que ele ouviu foi uma do Aerosmith, que começa assim:  "I could stay awake just to hear you breathing. Watch your smile while you are sleeping, while you're far away and dreaming." (Eu poderia ficar acordada só pra te ouvir respirar. Ver seu sorriso enquanto você dorme, enquanto você tá longe, sonhando.)Ah, é bonitinha, vai! :-) Eventualmente fui lembrando/aprendendo musiquinhas pra cantar pra ele, mas continuei achando legal ficar cantando essa do Aerosmith quando ele já tava quietinho no meu colo, quase adormecido.
Dizem que quando a gente é mãe sabe automaticamente o que fazer. É, mais ou menos... Na vida real a gente às vezes precisa de umas aulas. E por mais que eu tivesse lido livros, artigos, páginas na internet, a presença da minha mãe foi essencial!

AMAMENTAÇÃO
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Antigamente eu não sabia nada sobre amamentação. Só sabia que bebês nasciam, mamavam um tempo no peito, depois paravam e só.  Um belo dia, um oftalmologista (?) comentou, por acaso, que esse negócio de mamar exclusivo no peito por 6 meses era exagero. E que os órgãos de saúde recomendavam isso mais pra atingir a classe menos esclarecida, pra quem não dessem porcaria pros bebês e também seria úteil pra países com muita desnutrição. Disse que as fórmulas infantis tinham o mesmo efeito que o leite materno. Achei que fazia sentido. Acreditei e posso até ter repetido essa história por aí. Tsc tsc tsc. Tolinha. Agora eu já aprendi a sempre checar as fontes e não acreditar de cara no que me dizem, só porque o cara é médico. Pô, nem pediatra a criatura era!
  Eu também acreditava que leite no peito era igual água no sol, que secava, puf! Lembro de ouvir gente falando que brigou com não sei quem, passou muito nervoso e o leite secou. Uau! Que medo! Eu tinha medo do meu leite secar também. Até avisei o Alessandro mil vezes que ele não podia brigar comigo quando eu tivesse amamentando. Ele que aguentasse e engolisse sapos por um bem maior.
 Durante a gravidez, ao pesquisar sobre parto humanizado, sempre acabava trombando com muitas informações. Aprendi que 6 meses de amamentação exclusiva não é frescura e nem coisa pra "pobre desnutrido desinformado", como o cara me disse. Influencia futuramente a obesidade, o paladar, o QI, alergias, lado emocional... São tantos benefícios que vale um post inteiro só pra falar sobre isso. Bom, fica pra outra hora. Quem nunca leu nada sobre o assunto, pode começar por aqui:  1000 dias que valem uma vida. É sobre como o que os bebês "comem" na barriga da mãe + primeiros 2 anos de vida influenciam o resto de suas vidas.
  Enfim, li um monte, o suficiente pra me convencer a amamentar no peito exclusivamente por 6 meses e depois continuar até os 2 anos. Por um lado, vi que esse negócio de leite secar é conversa-pra-bovinos-adormecerem. Leite não seca coisíssima nenhuma. Ufa, que bom! Um medo a menos. :-) A produção de leite pode diminuir, é verdade, em épocas de stress. Mas é só continuar colocando o bebê pra mamar, esperar o stress passar que a natureza se encarrega de fazer voltar a jorrar. E claro, sem colocar mamadeira na jogada. Quase toda amamentação começa a terminar com a frase "comecei a complementar com nan". Também aprendi que esse negócio de "eu tinha pouco leite" é coisa que praticamente não existe. Apenas cerca de 1% das mulheres tem algum problema nas glândulas mamárias que impeçam uma produção adequada. Beleza, outro medo que foi pelo ralo abaixo. :-)
  Essas foram as novidades boas que eu descobri. Por outro lado, também descobri que amamentar não é fácil? "Ah, não?". Pois é, umas mulheres diziam que doíam, que o filho mamava errado e por isso tinha pouco leite(ué, tem jeito certo e errado?), que ficaram com tendinite por causa da pose (really??), que dava dor nas costas, que o bebê podia quer mamar a noite toda... Xiii, nas fotos bonitas de mulheres amamentando que a gente vê só tem sorriso, parece tudo tão fácil, lindo, meigo e fraterno! Mas como sou uma pessoa feliz e otimista,  imaginei que eu seria uma das felizardas pra quem tudo dá certo.
  Aí o Nathan nasceu, o leite desceu, o peito encheu e até vazou um pouquinho. Ótimo! Sinal que tinha leite suficiente. Você conhece alguém que disse que não tinha leite suficiente? Pergunta pra ela se o peito vazou no começo. Sim? Então tadinha, alguém comeu bola nessa história. Faltou orientação, faltou uma especialista em amamentação, faltou um pediatra bom, faltou algum hormônio ou talvez dedicação. Mas as glândulas mamárias dela estavam lá, prontinhas e operantes para o trabalho. 
  Enfim, comecei a amamentar e não era nada igual as fotos bonitas. Doía. Doía muito!!! O peito empedrou, o bico rachou, o bico sangrava, ficava em carne viva, grudava no soutien, o sangue secava, eu puxava pra desgrudar, ahhhhhhhhhhhhhhhhh, que dor, arrancava pedaço, sangrava de novo... Ai, que dureza!! E mesmo assim eu tinha que amamentar. Mais ou menos a cada 2 horas. 12 vezes por dia. Do lado da poltrona de amamentação eu deixava um mordedor. O Nathan tinha ganhado de presente, mas eu pedi emprestado. "Posso pegar, Nathan?". "  ". Beleza, quem cala consente.
  Cada vez que eu ia amamentar, dava vontade de chorar. E às vezes eu chorava mesmo. Eu colocava o mordedor na boca e encaixava o Nathan no peito. Brrrffffffffffffffff. Mordia o mordedor e abafava o grito. Lágrimas rolavam. As primeiras sugadas eram as piores. Acho que ele fazia bastante força até começar a sair leite e atingir um "ritmo" razoável pra minha ferinha fominha. Depois que entrava no ritmo ficava um pouco menos doído. Aí eu conseguia ficar jogando monster no psp enquanto ele mamava. :-)
  E assim continuei amamentando, com muita dor. Amamentar doía. Tomar banho doía quando a água rolava pelo peito. Qualquer mexida de posição que fizesse o soutien se mover milimetricamente, doía. Fui pra praia e quando entrava na água e o mamilo dava aquela encolhida, nossa, como doía! Enfim, dor, dor, dor.
  Na maioria das mamadas eu lembrava do filme "Jogos Mortais". Conhecem? Aquela romântica história de um louco que prende pessoas em geringonças e elas são obrigadas a se mutilar pra não morrer. Aí eu ficava pensando se cortar um dedo fora com uma faca doía mais que aquilo que eu tava sentindo. Ficava fazendo essa e outras comparações belíssimas, totalmente apropriadas para o lindo momento amamentação! Ah gente, não era de propósito. As cenas vinham, uai! Quando eu via, já tava pensando no filme de novo.
  Aí, um belo dia, 2 meses e 600 mamadas depois, a dor passou. Ahhhhhh. Agora sim. A coisa foi ficando relaxante e gratificante. Foi quando eu comecei a adormecer amamentando, hehehe.

  Mais um exemplo de maternidade real derrubando a idealizada. Sabia da possibilidade das dificuldades, mas não imaginei que fosse doer o tanto que doeu. Nem por tanto tempo. Eu consultei 2 médicas, 2 consultoras em amamentação, perguntei pra minha mãe, todas diziam que o Nathan tava mamando certinho, que a pega tava boa. Ninguém entendia por que doía. Eu muito menos. Só sei que foi assim. Só sei que passou. E sei que valeu a pena!
  O Nathan mamou só no peito por 6 meses. Cresceu, engordou, ganhou dobrinhas. Mama até hoje, com 1ano e 4 meses e é muito saudável. Praticamente não fica doente. Nunca precisei levar no pronto-socorro nem no médico (só pra consultas de rotina). Nunca teve otite, tão comum em bebês que tomam mamadeira. Febre teve, claro. Todo bebê tem. Acho que foram 5. Todas foram embora sozinhas, sem precisar tomar remédio. O único remédio foi o leite materno, rico em anticorpos. Quando ele tinha febre, dormia comigo na cama a noite toda, mamava a noite toda e já acordava com a temperatura normal. Eu brincava que ele não precisava tomar anti-térmico, porque tomava "peito-térmico", hehehe.
  Claro que não dá pra dizer que o leite materno é o único responsável pela saúde dele. Eu sei da influência do acaso, do ambiente, da genética e outros. Mas ainda assim, acho que o leite tem um peso bem considerável.


MÃE MELHOR X MÃE PIOR
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  Esse tema de maternidade real é meio comum em blogs por aí. Hoje mais ainda, claro, dia da blogagem coletiva. Mas sei lá, acho que sou diferente das outras mulheres. Sempre vejo mães na defensiva, dizendo que cada um sabe o que é melhor para sua própria família, que só quem passa pela situação que sabe como é difícil, que ninguém tem que dar palpite sobre como criar os filhos dos outros e blábláblá.
  Estranho... Nunca me incomodei com comentários alheios, talvez porque sempre estive segura de minhas decisões. Por exemplo, algumas mulheres viram o Nathan no sling e estranharam. Perguntaram se não ia machucar, se ele não ia sufocar, se era desconfortável, se fazia mal pra coluna. Teve quem falou "tadinho", teve quem criticou. Mas nunca liguei, nem fiquei brava ou coisa parecida. Respondia as perguntas e até dava uma aulinha básica. :-) Ué, ninguém nasceu sabendo. Se a pessoa nunca viu, por que ela é obrigada a saber se é bom ou ruim? A gente tem que ser mais tolerante. Volta e meia, em alguma das listas de mães que participo, aparece uma mãe indignada com algum comentário que fizeram sobre o filho no sling. Bah, não entendo essa braveza.
  A amamentação também é tema recorrente. Quem não aumentou exclusivo 6meses sempre faz questão de explicar os motivos e dizer que "não-sou-menos-mãe-por-causa-disso". Que discurso mais cansativo... Como se tivesse um "porcentual de maternidade". Ah, eu sou mãe 90%, mas minha vizinha, coitada, é só 80%.O medo de ser julgadas é tão grande entre as mães internéticas, que a necessidade de se explicar é muito grande. Chato isso. Toda mãe já se julga, já se culpa e agora ainda tem que ficar preocupada com o que os outros vão pensar...
  E as outras julgam, mesmo. Eu mesma julgo. Ué, sou humana. Vocês também julgam. Às vezes em pensamento, às vezes em voz alta, às vezes com palavras. É normal, gente. Julga e deixa julgar, hehehe. É inevitável. Eu conheço mulheres que não queriam amamentar por medo de o peito cair. O quê? Que absurdo! Julguei mesmo!!! Mãe 10%!!!! Outras por preguiça! (mãe 20%). Outras por dor... (ok, o atenuante é bom, mãe 70% hehehe).
  E sabe o que é o pior? Algumas mulheres querem muito amamentar do jeito OMS de ser, mas por motivos fisiológicos ou por falta de orientação e excesso de pediatras e palpiteiros ruins, acabam não conseguindo levar exclusiva por muito tempo. Mas quando uma delas fala que não conseguiu, a gente não sabe se ela é realmente uma das honestas sem sorte ou uma das fingidas que mal tentou. Aí a gente acaba julgando mal. Por isso que o melhor é a gente ficar quieta. Como dizia a minha mãe: "Pensa antes de falar, Camilla". Ou de escrever, né mãe? Hehehe. :-)

  Quer saber o que mais? Eu acho que existe sim mães melhores que as outras. Existe, ué! Nem todo mundo é a melhor mãe que pode ser. A mãe que espanca o filho podia ser melhor. A mãe que deu coca-cola pro recém-nascido podia ser melhor. A mãe que deixa o filho chorando no berço e vai dormir no próprio quarto, fingindo que não tá ouvindo, podia ser melhor. A mãe que toma remédio pra secar o leite podia ser melhor. E também não concordo que toda mãe sabe o que é melhor pro próprio filho. Não, nem todas sabem. Ninguém é enciclopédia, ninguém nasceu sabendo de tudo. Às vezes não sabem por falta de oportunidade, às vezes por preguiça, mas enfim, às vezes não sabem mesmo!

  Mas tudo bem, vai, tirando essas aberrações da natureza, eu sei que toda mãe quer o melhor pro seu filho. A gente até erra, mas normalmente erra tentando acertar, fazer o melhor pro filho ser feliz e saudável. E tentando achar o equilíbrio disso tudo. Aliás, isso é uma coisa engraçada. Praticamente toda mãe se acha coluna do meio. Explico. Toda mãe tem umas conhecidas que ela considera mais "relaxadas" e outras que ela considera mais "radicais". Se eu dou bolacha salgada pro meu filho de 1ano, a colega que dá bolacha doce é relaxada. Já a que não dá bolacha nenhuma é radical, hehehe. Pra essa mãe que não dá bolacha nenhuma, nós que damos alguma bolacha somos relaxadas. Já pra ela, as vegetarianas é que são radicais. Já a vegetariana acha que está certa e nós somos relaxadas. Já as veganas é que são radicais. E as veganas acham que isso não é nada, que amamentar o filho até os 5 anos é que é radical.
  Enfim, a coisa não tem fim. Por isso, fiquemos todas felizes. Somos todas colunas do meio!!!
 



MÃE IMPERFEITA
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  Como uma boa mãe coluna do meio, não sou perfeita. Confesso que queria... Demorei tanto pra engravidar, tive que fazer tratamento... Aí quando engravidei queria tudo perfeito, porque talvez fosse a única chance. Que tipo de mãe eu sou? Agora vocês finalmente vão saber. Eu sou assim:
- Primeiro queria um parto perfeito! Natural, humanizado, sem cortes e sem sofrimento pra mim nem pro bebê. Saiu tudo meio doido e acabei tendo um parto normal de um bebê sentado com uma anestesia que será sempre uma das minhas melhores amigas!
- Aí queria amamentação perfeita! Bem... por quantos os números estão sendo atingidos, mas o começo foi traumático, como já contei.
- Quando o Nathan começou as papinhas, eu queria papinhas perfeitas!! Comprava legumes orgânicos, cozinhava no vapor, temperava com zero de sal, usando salsinha, cebolinha e coisas assim. Pra não esquecer de variar o cardápio, anotava todo dia na porta da geladeira o que ele tinha comido.
- Queria que ele não visse televisão. Não que eu achasse que ele nunca ia ver. Só queria evitar que virasse aquelas crianças que fica o dia todo com o olho grudado e não brinca, não faz esportes, não faz mais nada. Assim, até perto de 1 ano realmente quase não usamos esse recurso. Mas chegou uma hora que eu tive que assumir que ele é filho de pais que assistem tv! Ou a gente para de assistir e dá o exemplo ou relaxa. O Alessandro, por algum motivo, adora aquele barulhinho de fundo. Ele liga mesmo quando tá no computador ou na cozinha. Enfim, acabei comprando a Galinha Pintadinha e achei lindo ver o Nathan dançando em frente à tv. :-) A BabyTv também foi, muitas vezes, o único jeito de eu ir no banheiro!
- Eu queria usar fraldas de pano. Ah, as fraldas de pano. Desde grávida eu sempre dizia que queria pelo menos experimentar. Até hoje nada, zero. Primeiro eu estava cansada demais, depois continuava cansada, depois tava quase na hora de mudar pro Canadá e não compensava... Ainda não desisti do projeto, mas também não fui atrás. Se eu trombasse com elas na toys r us acho que compraria. Mas ficar caçando sites que vendem, pesquisar qual é melhor, com recheio, sem recheio, regulável, tamanho fixo... Ah, tô com preguiça, vai. Aí não vai dar tempo de escrever meus posts gigantescos aqui no blog. :-P
- Eu queria dentes perfeitos, mas dei chupeta pro Nathan e até ele fazer 1 ano só escovava os dentes de vez em quando, confiando que estavam pelo menos fazendo uma boa escovação na escolinha.
- Queria sentir só alegria por finalmente ter meu filho, mas às vezes senti dor, senti cansaço, senti raiva por ter que levantar da minha cama pela décima vez, tive preguiça de levá-lo pra passear, senti culpa por mandá-lo pra escolinha, senti remorso por ter ido pro shopping e o deixado com o pai...
- Eu resolvi que o Nathan não comeria açúcar até completar 2 anos, mas...
  * deixei experimentar um brigadeiro no aniversário.
  * Não me divorcei quando o Alessandro o deixou experimentar sorvete.
  * deixei tomar um suco adoçado quando estávamos de visita na casa de um amigo numa situação pra lá de delicada, se recuperando de quimioterapia e eu não achei apropriado deixar o Nathan gritando.
- Eu queria amor perfeito! Ah, esse eu consegui. :-) Amo meu filho mais do que tudo.  


CAPÍTULO FINAL
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  Avisei que ia ser gigantesco, né? Mas já tá acabando. 10 centavos de prêmio pra quem leu até aqui. Para resgatar, comentem dizendo "Eu li, cadê meus 10 centavos?".
  Ser mãe é tudo isso. A gente erra, a gente acerta. A gente julga, é julgada. A gente decide, a gente muda de opinião. A gente vai levando, vai descobrindo, vai se transformando.
  Eu me considero uma boa mãe, sim. Mas sendo mãe a gente entende várias escolhas das outras mães, mesmo não concordando. Eu não dou chocolate pro Nathan, mas dá pra entender. Afinal, é tão bom ver o filho da gente se deliciando com uma comida! Eu durmo com o Nathan, mas dá pra entender a aversão à cama compartilhada, a vida do casal tem que sofrer ajustes. Eu dou chupeta, mas entendo totalmente a preocupação com o desenvolvimento da arcada dentária e do maxilar das crianças. Por aí vai. Eu só me acho boa mãe, não a dona da verdade.
  Minha irmã é ótima mãe, mesmo sem nunca ter pesquisado o que é lecitina de soja no google, hehehe. Se eu e o Alessandro morrermos, ela pode cuidar do Nathan (ok, acho que essa só vai ter graça se você já assistiu um certo episódio de Friends, hehehe).
  Minha mãe é ótima mãe, mesmo já tendo me dado chinelada. Essa foi quando eu comi um pedaço de bolo com visitas em casa, quando ela tinha falado pra eu não fazer isso, porque não tinha o suficiente pra todo mundo. Ah, eu tava com fome, mãe. :-) Lembra desse episódio?
  Tenho amigas que eu considero ótimas mães, mesmo dando danoninho pros filhos. :-)
  Tenho uma ex-amiga de internet que cortou relações comigo porque me achava muito radical. Péssima amiga, mas parece ser ótima mãe.
  Tenho uma conhecida que deu leite de vaca, de caixinha, pros filhos bebezicos de tudo, mas que ainda assim é uma ótima mãe. Ela não sabia. Quando os filhos dela nasceram, ela simplesmente não sabia que não podia! Nunca leu em lugar nenhum, nunca ninguém explicou... Acontece!
  Arggg, esse post é a coisa mais confusa e sem foco que já escrevi. Reflexo da minha vida confusa. Espero não ter escrito muita besteira. Mãe, juro que tentei pensar antes de escrever, mas agora o sono já tá grande, não tô mais pensando direito, hehehe. Melhor parar por aqui. Porque na teoria eu achei que quando o Nathan tivesse 1ano e 4meses eu já poderia dormir a hora que eu quisesse. Mas na vida real ele tá mandando na minha hora de dormir e tá quase meia-noite. Vou lá antes que eu vire abóbora. Um beijo e tchau!

21 comentários:

  1. Eu li, cadê meus 10 centavos!
    Aliás, leio sempre. Muito bacana - e adoro posts longuíssimos, se eu tivesse um blog, acho que só eu mesma teria paciência de ler, e muitas vezes, porque gosto de reler também.
    Parabéns, Lica. Admiro sua assertividade em defender suas convicções sem ficar na defensiva. Quero ser assim quando eu crescer, mas tenho as minhas convicções também, também gosto de explicar algumas coisas... mas costumo sim, ficar me defendendo de possíveis julgamentos das 'relaxadas' ou das 'radicais'.
    Parabéns pelo Nathan, pelo blog... e continue escrevendo!

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  2. Quero meus 10 centávos !!
    Apesar de prometer a mim mesma que não ia comentar mais nada, desistí. Afinal, nem eu posso ser tão intransigente assim.
    Que coisa linda vc escreveu filha, até caiu uma aguinha no teclado ( não tenho ideia de onde saiu ).
    E quanto a chinelada, tempos dificeis que passamos, graças a Deus passou. Desculpe, prometo não fazer mais!!
    Te amo.
    bjs.

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  3. Eu também quero meus dez centavos!
    E fiquei feliz em saber que o Nathan vai ficar comigo se você morrer :-) Sim, eu me lembro do episódio do friends hahahahah!

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  4. Eu li, cadê meus 10 centavos??rsrs
    Adoro ler seus posts........escreve mais!!!
    Saudades
    Beijocas pra vcs!!

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  5. Não quero os 10 centavos, só quero mesmo dizer que eu li.
    Estava no blog da Aline, qdo vi o link do teu e vim espiar, comecei a ler e ñ parei mais. Na verdade ñ li outro post, apenas esse.
    Como sempre, tudo muito bem escrito. Não entro na questão do que concordo ou não, apenas resolvi dizer que escrevo aqui pelo motivo de me "enxergar" no papel da péssima amiga (que foi a forma que vc me julgou no post). Agradeço pelo 'ótima mãe', isso é o q + me importa: desempenhar meu papel de mãe da melhor maneira possível. E q bom q as pessoas enxergam isso da maneira q é. Fico feliz.
    http://umaprincesaeduasmaes.blogspot.com

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  6. Oi Ale. Já separei seus 10 centavos. Quer que envie pelo correio ou vem buscar? :-)

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  7. Oi mãe. Obaaaa, os comentários voltaram, êêêêêê. Só pra comemorar, você leva 20 centavos, hehehe. :-)
    Beijo!!

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  8. Oi Taia. Hehehe, imaginei que você saberia a que episódio eu estava me referindo. :-)

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  9. Oi Kaká. Você tinha razão, eu estava pensando em você. Você acha que te julguei mal quando disse que era uma péssima amiga? Eu achei bem radical você cortar relações só porque eu era radical. Será que somos ambas e duas radicais não se bicam? Hehehe.
    Enfim, eu também dou umas espiadas no blog da Brunna de vez em quando. Normal. Torci tanto pra essa menininha vir ao mundo, fico curiosa pra ver como ela está crescendo.
    Beijo.

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  10. Eu li e também quero os meu os dez centavos, adorei o que você escreveu e acho que sabemos QUASE tudo em relação aos nossos filhos, mas é claro que sempre precisaremos de ajuda. Quanto a uma cabecinha no seu braço e perninhas na sua barriga, espera ele chegar aos 24kg...hehehe, o Felipe faz isso até hoje, e até hoje eu ADORO! Com um bônus de olhar para mim e dizer "te amo mamãe" é a melhor coisa do mundo! E porque o Nathan não pode fica comigo quando você morrer?? Só porque eu dou chocolate? Eu também assisti este episódio...rsrsrs. Beijos e continue escrevendo.

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  11. "Eu li, cadê meus 10 centavos?".
    DORMIR
    Camilla, uma coisa que eu aprendi logo...não valia a pena ficar caminhando pra baixo e pra cima...só cansava! Curti a cama compartilhada, e confesso que até hj acho gostoso dormir com a Bê, quando ela está doente, eu durmo com ela, e meu marido dorme num colchão...o problema é q meu ronco, ou o dele, a acorda, ela dorme melhor na cama dela...mas é uma delícia dormir de conchinha com eles...abrir o olho e vê-los...Ah, e tudo muda quando ele parar de mamar...bebê que mama demanda mais acordadas...mães que amamentaram por muito tempo sempre falavam pra mim q só melhorou qdo pararam de amamentar....e agora acredito...
    PRIMEIROS CHOROS
    Que engraçado..sabe q comigo não aconteceu isso...minha mãe nunca foi pra minha casa, nunca me ajudou, pq eu não deixei, tadinha...me senti tão segura, q sempre achava q eu sabia o q ela tinha, mais q todo mundo...ou se eu não soubesse, ninguém mais saberia...pretensão a minha né!Vai ver q foram os dois cursos de gestante e o medo de minha mãe botar mania na Betina...Tadinha da minha mãe...ela sempre diz q dá uma aflição ter a Betina como neta, pq ela ama demais, e não é dela, ela não pode opinar, não pode levar pra casa dela...não pode fazer o q ela acha q é certo! E é verdade! É minha! Não vem com teorias do tempo dela...

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  12. AMAMENTAÇÃO
    Como isso é complicado, eu tirei na loteria...mesmo eu e tu fazendo toda a preparação, muita ducha no banho....sol...e tanta diferença né..ri muito dos jogos mortais...nossa, q dor hein!
    E qto aos benefícios pro Nathan dessa amamentação não tenho dúvidas...a Betina foi ter febre depois da escolinha, 10 meses!!! Nem gripe!!! Nem com os dentinhos ela tinha...
    MÃE IMPERFEITA
    Camilla, tenho só elogios pra vc...fiquei com medo, pq se tu tá na coluna do meio eu sou da coluna da relaxada...hahahahhahaa..to brincando! Acho q vc é a pessoa q mais pesquisou pra ser mãe...e olha q eu li muito...Ainda aprendo contigo muito!Ás vezes me deprimo! Hahahhaha Especialmente em relação a alimentação..queria persistir mais numa alimentação boa, mas como eu não tenho uma alimentação perfeita, reflete nos filhos...às vezes, acho frescurite...às vezes concordo e tento me empenhar mais...:) Quando estou preparando um pratinho pra Bê eu lembro de ti e me empenho!
    Ah, como a Kaká se viu nos teus comentários, posso me ver tb, me considero uma ótima mãe q dá danoninho....pode ser????
    Acho nós 3 ótimas mães... e vcs têm q concordar q sou a menos radical!

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  13. Lica tbm quero meus 10 centavos..
    Ha, sobre aquela parte da amamentacao a Giovanna mamou no peito um mes,e nem por isso me senti culpada naum rsrsrsr pelo contrário, sou uma mae completa... Beijos

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  14. Oi Gica.
    Claro que pode cuidar! Se eu e o Alessandro morrermos, minha mãe e a Taia também, aí você cuida, pode ser? :-) Beijo!

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  15. Oi Aline.
    DORMIR - Também acho que assim que parar de mamar o Nathan vai parar de querer atenção de madrugada. Ele só dá uma mamadinha básica e volta a dormir. Nada que seja necessário. Só psicologicamente, mesmo. Vamos ver até quando continuamos, ainda não decidi.
    PRIMEIROS CHOROS - Tadinha da sua mãe!! Bom, já a minha foi ótima. Logo que chegou disse pra mim "Estou aqui pra te ajudar com a casa, com o almoço, etc. Quem cuida do Nathan é você". Não com o sentido de "se vira", hehehe, porque ela ajudou muito, só querendo dizer que ela não queria se intrometer. Mas dei muita sorte, a gente concordava em praticamente tudo. Ela me apoia na amamentação prolongada, cama compartilhada, dar muuuuito colo. Descascou muitos legumes para a papinha orgânica. :) Enfim, por mim ela podia ter ficado um tempão! Ah sim, ela só não tem a minha calma pra doencinhas e febre. Quer logo levar no médico. :) Aliás, esses dias li um artigo que falava como as mulheres ficam mais medrosas quando são mães. Lembrei que a minha mãe comentou sobre isso, de ficar mais medrosa com o passar dos anos. Errr, mas tô fugindo do assunto, hehehe.

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  16. MÃE IMPERFEITA - Isso aí, minha meta é fazer todo mundo comer mais saudável. Mas mal consigo influenciar meu marido, rsrsrs. Desde que chegou aqui, tá viciado em chicken wings. Se depender dele, come toda noite. Sem acompanhamentos. Quer dizer, com coca zero. Argghhh. Acho que é isso que me dá forças. Pensar que não posso deixar o Nathan ficar igual a ele, hehehe.
    E você também é coluna do meio, Aline. :-) Com certeza você conhece um monte mais relaxadas que você. Ou vai dizer que nunca viu essas mães que colocam coca na mamadeira? Nossa, dá vontade de dar um chute na mamadeira, hehehe. E logo logo me junto ao time das mães que dão danoninho. Só mais alguns meses. Mas já tô com uma vontaaade de liberar açúcar. Às vezes a gente tá passeando, dá uma vontade de tomar um sorvete, mas não tomo pro Nathan não passar vontade. Snif...
    E não sei você é a menos radical das 3, não. Mas com certeza é a mais legal. Mais tolerante, pelo menos. :)
    Beijo!

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  17. Aí tá a diferença da tua mãe, amo minha mãe, acho q ela não teve informação nem apoio da minha avó...mas ela no começo nao concordava com várias teorias minhas, banho de balde, coisa de louca (até ela ver na Ana Maria Braga depois de muito tempo q eu fazia), ela nos amamentou pouco e o pior de tudo, não largou o cigarro durante a gravidez e amamentação...os tres filhos tem problemas respiratórios graves...as vezes ela me contrariava só pelo gosto de me contrariar...(é turrona!) Entende agora?Até hj ela gosta de opiniar, se a Bê tá fazendo arte, ela diz: olha Aline, tu tem q dar um jeito! Ela tá impossível! Tem q dizer não...essa coisa de não reprimir não vai dar certo (coisa de reprimir, entende-se não bater)...Aí se eu brigo com a Bê na frente dela: ai! Tadinha minha filha...vem cá com a vovó!Ela é bebê minha filha...não entende...

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  18. Nossa Camilla..um sorvetinho, tão bom pra eles...pros dentinhos, alívio total...tem leitinho...alimenta....hahahhahaa óbvio q eu libero, geralmente não de chocolate...mas a Bê não é chegada! Ainda bem, pq meu marido é muito viciado...Agora cuidado hein! É muito mais fácil o Nathan qdo conseguir escolher sua comida, brigar pra comer o q o Alessandro come...isso vai dar uma briiiiiiiiga! Sabe o q sempre tive medo..de proibir demais e qdo liberar a criança fica enlouquecida pelo negócio, não quer comer um pouco e deu...aí come escondido...já pensou nisso???

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  19. Hehehe. Sua mãe tá entrando em contradição. :) Acho que é só pra te contrariar, mesmo.
    Ah Aline, mas eu faço sorvete caseiro pro Nathan. Só ingredientes naturais, de frutas, com iogurte, leite e adoçado com mel ou mapple syrup. Fica muito bom, também. Não é assim um brigadeiro da kibon, hehehe, mas é gostoso.
    E sim, vai dar briga!! Mas a minha briga é com o Alessandro. Eu sempre falo pra ele não comer as coisas na frente do Nathan. Mas se o Nathan vê, eu deixo dar, porque senão ele vai confuso. Por que o papai pode e ele não? Doce o Alessandro respeita e só come à noite, mas as porcarias salgadas é mais difícil. Hoje o Alessandro comeu pizza no café da manhã, mas esperou o Nathan acabar a aveia. Ainda bem, porque foi só ele aparecer com a pizza que o Nathan foi correndo pedir. :) Bom, como consolo aqui tem pizza com massa integral, rsrsrs. Mas assim depois do café ou de lanche da manhã não tem problema nenhum. Não ligo, não.
    Ah, e já pensei nisso sim. De criança que ouviu tanto não que depois fica enlouquecida pela coisa. Mas acho que isso acontece mais quando a criança ouve muitas proibições. É diferente do Nathan, que nem sabe que chocolate existe. Se chegar uma hora que ele estiver convivendo muito com pessoas/crianças que comem doces, talvez eu reveja meu propósito de açúcar só depois dos 2 anos. Vamos ver...
    Mas tem outra coisa, esse negócio de compulsão é um pouco de berço, viu? Assim como eu sempre fui de poupar dinheiro, também sempre fui de poupar comida, rsrsrs. Quando eu criança íamos com meus pais fazer compra de mês. Iogurte pra gente era artigo de luxo. Então quando chegávamos em casa, eu pegava todos os potes de iogurte, fazia a divisão e colocava o nome do dono em cada pote, se era eu, minha irmã ou meu irmão. O meu irmão comia tudo nos primeiros dias, minha irmã vinha logo atrás e os meus duraaaavam, rsrsr, praticamente até a próxima compra.
    Até hoje me contento com um quadradinho de chocolate de sobremesa. Ah, mas isso também foi uma coisa que aprendi com meu pai. Ele come chocolate praticamente todo dia depois do almoço. Mas é sempre só 1 ou 2 quadradinhos.
    Bom, mas todas nossas escolhas são apostas. Pode ser que dê tudo errado e ele acabe virando um chocólatra mais tarde. :) Mas se isso acontecer, tudo bem. Já tenho um marido assim, então tô acostumada. :)
    Beijo!

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  20. Eu li também!! Será que tem juros sobre 10c? :)

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  21. Nossa Eugeni, nem sabia que você lia meu blog. :P Mas sinto muito, a oferta não inclui juros!!

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